terça-feira, 27 de agosto de 2013

Colonialismo x Neocolonialismo



A partilha dos territórios africanos e asiáticos tem algumas diferenças se comparada ao colonialismo do século XVI, como podemos observar no comparativo abaixo:



Uma vez que esse processo foi um novo colonialismo, passou a ser conhecido como “neocolonialismo”.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O imperialismo e nacionalismo europeus e a civilização



Em meados de 1870 as potências europeias encontraram a solução para o problema: expandiram seus domínios para outros continentes, provocando um fluxo de milhões de pessoas entre 1870 e 1914, quando se iniciou Primeira Guerra Mundial. 


Essa política foi denominada imperialismo, e definida como uma “política de expansão e domínio territorial e/ou econômico de um país ou povo sobre outro.”. Embora esse tipo de domínio já tenha ocorrido mais de uma vez ao longo da história, o termo “imperialismo” é geralmente relacionado ao período de exploração dos países europeus às regiões da África, Ásia e Oceania entre o final do século XIX e o início do século XX.

Além das questões econômicas, surgem também as questões políticas e ideológicas nesse contexto: o nacionalismo vinha ganhando força e tanto os países recém-formados, como Itália e Alemanha quanto os antigos, como a Inglaterra e a França - que acabara de perder territórios para um conjunto de estados germânicos na Guerra Franco-Prussiana - queriam aumentar seu poder e expandir seus domínios. Assim sendo, havia certa tensão no continente europeu devido às disputas políticas.
Os europeus avançaram sobre os continentes menos desenvolvidos tecnologicamente, com destaque para a África e a Ásia, comandando extensas faixas de terra diretamente da Metrópole ou na própria colônia através de enviados da Europa. Uma vez que cada país se julgava detentor dos valores superiores, atribuíam às invasões o caráter de “missões civilizadoras”, através das quais buscavam viabilizar a evolução dos povos dominados. A visão europeia sobre África e da Ásia era de povos sem cultura ou valores, uma vez que eram regiões menos avançadas tecnologicamente. Devido a isso, os europeus se punham como encarregados do desenvolvimento dessas regiões; tendo que dividir com africanos e asiáticos seus conhecimentos para tirá-los do atraso, e isso só poderia ser feito através da dominação desses povos. Os europeus impuseram seu domínio aos povos colonizados através de ocupações territoriais – com o uso de suas forças militares – e domínio econômico – com a interferência econômica da metrópole na região dominada. Os colonizadores tendiam a desintegrar as antigas estruturas que existiam na região e impor suas características culturais no lugar. Além disso, passaram a extrair as matérias-primas necessárias às suas indústrias, a vender seus produtos para as colônias e a enviar pessoas para administrar as novas terras, amenizando o problema da superpopulação e do desemprego na Europa.

A Europa Pós Revolução Industrial e o Capitalismo Financeiro e Monopolista



A partir da Segunda Revolução Industrial (1850-1870), a Europa teve um rápido desenvolvimento tecnológico, tendo produzido e descoberto novos aparelhos, técnicas e fontes energéticas. Tudo isso contribuiu para o aumento da capacidade de produção das indústrias europeias. Uma vez que havia diversas indústrias concorrendo diretamente, aquelas que possuíam os menores preços tendiam a atrair mais clientes, e essas eram justamente as grandes empresas, que podiam produzir em larga escala e repassar os produtos a preços mais baixos. Dessa forma, enquanto as pequenas empresas faliam, os grandes industriais passaram a concentrar as riquezas e a dominar desde a extração da matéria-prima passando pela produção e chegando até o consumidor final, gerando os monopólios industriais, que ainda estão presentes no mundo atual. As principais práticas desse sistema são: 
  •  Cartel: Grupo de grandes empresas que estabelecem acordos para controlar os preços de determinados produtos.
  • Holding: Empresa independente que possui a maioria das ações de outras empresas.
  • Truste: Fusão de diversas empresas do mesmo ramo.
Esse processo de concentração econômica atinge também o sistema financeiro: os bancos passam a financiar as empresas e dividir com elas o lucro da produção. A junção dos sistemas industrial e financeiro formou o Capitalismo Financeiro e Monopolista, caracterizado pelo aumento da produção industrial e pelo acúmulo de capitais, que passaram a ser investidos em novos projetos lucrativos.
Depois da segunda metade do século XIX, os países europeus encontraram um problema: o desenvolvimento econômico aliado aos avanços na área da medicina havia favorecido o aumento populacional e da expectativa de vida. Contudo, uma vez que as máquinas faziam o trabalho dos homens e produziam muito mais que os mesmos, eram ofertados poucos empregos ao mesmo tempo em a produção crescia vertiginosamente, gerando desemprego e excedente de produtos.