Em
meados de 1870 as potências europeias encontraram a solução para o problema:
expandiram seus domínios para outros continentes, provocando um fluxo de
milhões de pessoas entre 1870 e 1914, quando se iniciou Primeira Guerra
Mundial.
Essa
política foi denominada imperialismo,
e definida como uma “política de expansão
e domínio territorial e/ou econômico de um país ou povo sobre outro.”.
Embora esse tipo de domínio já tenha ocorrido mais de uma vez ao longo da
história, o termo “imperialismo” é geralmente relacionado ao período de
exploração dos países europeus às regiões da África, Ásia e Oceania entre o
final do século XIX e o início do século XX.
Além
das questões econômicas, surgem também as questões políticas e ideológicas
nesse contexto: o nacionalismo vinha
ganhando força e tanto os países recém-formados, como Itália e Alemanha quanto
os antigos, como a Inglaterra e a França - que acabara de perder territórios
para um conjunto de estados germânicos na Guerra Franco-Prussiana - queriam
aumentar seu poder e expandir seus domínios. Assim sendo, havia certa tensão no
continente europeu devido às disputas políticas.
Os
europeus avançaram sobre os continentes menos desenvolvidos tecnologicamente,
com destaque para a África e a Ásia, comandando extensas faixas de terra
diretamente da Metrópole ou na própria colônia através de enviados da Europa.
Uma vez que cada país se julgava detentor dos valores superiores, atribuíam às
invasões o caráter de “missões civilizadoras”, através das quais buscavam
viabilizar a evolução dos povos dominados. A visão europeia sobre África e da
Ásia era de povos sem cultura ou valores, uma vez que eram regiões menos
avançadas tecnologicamente. Devido a isso, os europeus se punham como
encarregados do desenvolvimento dessas regiões; tendo que dividir com africanos
e asiáticos seus conhecimentos para tirá-los do atraso, e isso só poderia ser
feito através da dominação desses povos. Os europeus impuseram seu domínio aos
povos colonizados através de ocupações territoriais – com o uso de suas forças
militares – e domínio econômico – com a interferência econômica da metrópole na
região dominada. Os colonizadores tendiam a desintegrar as antigas estruturas
que existiam na região e impor suas características culturais no lugar. Além
disso, passaram a extrair as matérias-primas necessárias às suas indústrias, a
vender seus produtos para as colônias e a enviar pessoas para administrar as
novas terras, amenizando o problema da superpopulação e do desemprego na
Europa.
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