Ideias políticas do
século XIX
As ideias políticas e sociais que se apresentavam na
Europa em meados do século XIX nada mais eram que continuações das
transformações ocorridas no final do século anterior. Houve duas correntes
principais na época, foram elas o Liberalismo
e o Socialismo, ambos
diretamente relacionados à Revolução Industrial.
Liberalismo
Desde as revoluções burguesas na Inglaterra e da
Revolução Francesa as correntes liberais defendiam a individualidade, as
liberdades de expressão, opinião e associação e se opunha fortemente ao poder
absoluto. Contudo, a vertente do liberalismo que mais ganhou força foi a que
defendia o livre comércio e a proteção da propriedade privada, ideias essas que
se tornaram dominantes durante o século XIX.
Um dos principais pensadores liberais do século XIX, John
Mill afirmava que a concentração de poder nas mãos do governo tendia a limitar
a liberdade dos indivíduos. Mill também afirmava que a liberdade deve estimular
a diversidade e que o Estado deveria instigar o autodesenvolvimento ao invés de
usar capacidades individuais para desenvolver-se.
Socialismo
Os primeiros socialistas contemporâneos passaram a ser
chamados de “socialistas utópicos”,
por terem desenvolvido um movimento idealista, que previa uma passagem gradual
e pacífica para o socialismo. Os socialistas utópicos mais conhecidos foram
Robert Owen, Louis Blanc, Charles Fourier, Saint-Simon e Proudhon.
Tempos depois, surgiu o chamado “socialismo científico”. O principal teórico dessa vertente foi Karl Marx que, junto a Friedrich Engels publicou no seu Manifesto do Partido Comunista o apelo
aos operários: “proletários de todo o
mundo, uni-vos!”.
- A história nada mais é do que a história da luta das classes exploradas contra as classes exploradoras.
- A igualdade só poderá ser alcançada quando o proletariado (trabalhadores) superar a burguesia que detêm os meios de produção.
- O Estado proletário assumiria o poder dos bens de produção e trataria de fazer com que a sociedade se tornasse igualitária e comunista.
Para Marx, esse seria o ponto máximo da evolução
histórica. Ainda segundo ele, o conflito entre as classes é uma condição para a
existência do homem, de forma que, em um mundo industrializado, os
trabalhadores são os que devem mudar a história.
Anarquismo
Outra vertente do pensamento político no século XIX foi o
anarquismo, que se baseava na inexistência do Estado ou de hierarquia para
funcionar. Os anarquistas propunham dividir o território em comunidades que se
autogovernariam, com cada membro participando das decisões de como seriam
tomados os rumos da comunidade, de forma a não precisar de governo para tal
fim.
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