O olhar
europeu caiu sobre a Ásia surgiu antes do período imperialista; o interesse em
madeiras, sedas e especiarias fez com que, desde o século XVI países como
Portugal e Espanha tivessem colônias no continente.
Já
no século XIX, a França passou a dominar a Indochina (território atualmente
ocupado por Laos, Camboja e Vietnã), e a Alemanha dividia com a Inglaterra
parte do atual território da Nova Guiné.
Mas
o principal domínio britânico era a Índia; através da Companhia Inglesa das Índias
Orientais, a Inglaterra conquistou progressivamente a região e entre os séculos
XVIII e XIX lutou contra a presença dos franceses e se impôs na região em
detrimento dos príncipes indianos, de forma a, no início do século XIX, ter
poder suficiente para cobrar impostos, praticar o comércio e vigiar a população
local. Os ingleses contavam com tropas de cipaios
– soldados indianos que serviam ao exército britânico. Os ingleses montaram uma
estrutura que tornava seus produtos industrializados mais baratos que os
produtos manufaturados produzidos pelos nativos, fazendo com que muitos indianos
perdessem os empregos e depois, com a supervalorização das terras que eram
cultivadas para produzir matéria de exportação, suas próprias terras.
A
chegada dos produtos industrializados na Índia alterou também o modo de viver
dos indianos; as matérias-primas eram retiradas da região e voltava pra ela sob
a forma de produtos industrializados com preços elevados. Isso gerou revolta
entre as elites do país e culminou com Revolta
dos Cipaios. O estopim para essa revolta foi a notícia de que os rifles
ingleses eram lubrificados com banha de porco e vaca; o primeiro, considerado
impuro pelos muçulmanos e o segundo, sagrado pelos hindus. Os cipaios, que
eram, em sua maioria, adeptos dessas duas religiões, se revoltaram contra os
ingleses e com apoio popular massacraram os súditos ingleses. Embora tenha sido
debelada em menos de um ano, essa rebelião demonstrou a insatisfação dos
indianos contra os britânicos.
No
ano de 1858, as ações da Companhia das Índias Orientais foram suspensas, e o
domínio da Índia passou para a Coroa Britânica. A rainha Vitoria recebeu o
título de Imperatriz da Índia e a região passou a ser governada por um
vice-rei, que contava com o auxílio de administradores locais.
Essa
forte ação imperialista revoltou a elite intelectual indiana, que fundou
movimentos pela independência política da Índia e iniciou um processo que gerou
a retomada do nacionalismo do povo indiano e se tornariam fundamentais para a
independência do país em 1947.
Embora
fosse o mais importante domínio britânico, os ingleses não tinham apenas a Índia
como território dominado, dentre outros territórios, os ingleses dominavam a
Nova Zelândia, a Austrália e o Afeganistão, como mostra o mapa abaixo:
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