segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Darwinismo Social

Entre 1831 e 1836, o naturalista inglês Charles Darwin visitou diversas regiões do planeta a bordo do navio Beagle. Ao longo dessas viagens, Darwin realizou diversas observações que o levaram a perceber uma relação entre fósseis e espécies viventes de cada região; havia um mecanismo de adaptação das espécies ao meio.

Um exemplo clássico de observação de Darwin foi o bico dos tentilhões de Galápagos. Dependendo da alimentação dos animais, os bicos assumiam um formato que os garantia mais ou menos força e precisão.

Por mais de 20 anos, Darwin relacionou suas observações e formulou sua teoria no livro “A Origem das Espécies”, onde defendia a existência de um mecanismo de seleção natural que fazia com que as espécies evoluíssem com o passar do tempo de forma que elas conseguissem usufruir cada vez mais das características do ambiente no qual estavam inseridas.
 

De acordo com Darwin, as espécies se transformavam através de processos de seleção natural, nos quais os seres que possuíam características mais adaptadas a determinado ambiente sobreviveriam e passariam essas características para os seus descendentes. Dessa forma, seriam formados organismos que estariam cada vez melhor ambientados com a região que habitavam ao passo que aqueles que não possuíssem as características necessárias para viver naquela determinada região iriam ser extintos com o passar do tempo. Essa teoria ficou conhecida como Teoria da Evolução.


A teoria de Darwin ultrapassou o campo das ciências biológicas, atingindo as ciências sociais; diversos pensadores passaram a atribuir os conceitos de evolução para as civilizações, considerando mais evoluídas aquelas que possuíam mais tecnologia e poderio militar. Esse pensamento colocava os europeus como a raça mais desenvolvida do mundo, enquanto os povos da África e da Ásia – que não possuíam cultura semelhante à europeia – eram tidos como seres inferiores que formavam sociedades primitivas.

A existência deste pensamento serviu como sustentação e justificativa para o neocolonialismo nos continentes africano e asiático, uma vez que os europeus afirmavam que a ocupação desses lugares era um favor feito pela Europa, que oferecia uma oportunidade aos povos dominados de saírem do seu estado primitivo. O pensamento de Darwin também impulsionou os movimentos nacionalistas, uma vez que cada povo orgulhava-se dos novos avanços do seu país e, devido a eles, julgavam sua pátria superior às demais.

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